BMW G 650 GS
Galera, agora sim, ela saiu!!! A primeira moto de modelo alemã montada no Brasiiiiiiiil. Pois é, essa belezura da BMW está sendo montada desde Dezembro, em Manaus (AM), na fábrica da Dafra.
Mas a principal razão para o lavoroço entre os motociclistas tavez seja a possibilidade de possuir um modelo da marca alemã por menos de R$ 30 mil. Ou ainda porque a monocilídrica de 650 cm³ seja mais uma opção no segmento de uso misto, além da até então solitária Yamaha XT 660R.
Mas, certamente, a curiosidade dos consumidores não foi aguçada pelas novidades da G 650 GS. Afinal, de novo mesmo ela traz apenas a letra G no nome, antes do numeral que indica sua capacidade cúbica. O modelo é o mesmo comercializado pela BMW em todo o mundo, inclusive no Brasil, até há poucos anos.
A antiga F 650 GS, que agora virou G, manteve praticamente as mesmas características. Uma das poucas alterações são os comandos dos punhos: seguem o padrão universal, com buzina, piscas, farol alto e baixo e lampejador no esquerdo; botões corta-corrente e de partida no direito. Aqui vale uma ressalva: apesar de mais simples, não são muito ergonômicos e por diversas vezes buzinei ao tentar acionar as luzes de direção.
MONOCILÍNDRICA
Na motorização, a BMW G 650 GS traz o mesmo grande monocilíndrico com 652 cm³ de capacidade. Comando duplo no cabeçote (DOHC), quatro válvulas e refrigeração líquida, o propulsor produz 50 cv de potência máxima a 6.500 rpm. Mas sua grande qualidade são mesmo os 6,1 kgfm de torque máximo a 4.800 rpm. Além disso, grande parte desta força já aparece em baixas rotações, proporcionando arrancadas e retomadas vigorosas.
É aquela acelerada que deixa os carros e outras motos para trás. Sem falar no ronco grave que faz bater mais forte o coração daqueles que gostam de um monocilíndrico -- funcionamento considerado música pelos fãs, e barulho pelos críticos. Na prática, se mostra um motor versátil para saídas de semáforo na cidade ou fazer uma ultrapassagem na estrada. Nessa G 650 GS, assim como na sua antiga versão, o que emociona é sua aceleração e não sua velocidade final. Até mesmo porque a máxima de 165 km/h declarada pela BMW não é tão fantástica.
CICLÍSTICA E CONFORTO
Espero que curiosos e ansiosos não aguardem um desempenho muito melhor da G 650 GS, afinal não é a proposta. Mas caso busquem conforto e facilidade de pilotagem, o modelo de entrada da marca alemã foi projetado para isso.
Com um banco largo e macio, o motociclista vai sentado em posição de pilotagem bastante ereta. Além disso, o pequeno para-brisa oferece certa proteção contra o vento na estrada. Tudo para que você possa viajar confortavelmente com essa BMW G 650 GS. Ponto positivo também para a altura do banco em relação ao solo, com apenas 780 mm. Isso permite que se coloque os dois pés no chão com facilidade, com meu 1,71 m. Outro item bem-vindo nesta versão brasileira são os protetores de mão de série, que ajudam a evitar o frio e garantem alguma segurança para pilotar entre os carros ou em caso de quedas no fora-de-estrada.
Aliás, essa versatilidade é outra qualidade, pois a G 650 GS é uma moto de uso misto. Você pode sair do asfalto e encarar uma estrada de terra sem grandes problemas. Nada de off-road muito pesado, mas para enfrentar aquela estradinha de terra que leva a uma cachoeira, a BMW “Made in Brazil” vai muito bem.
CURIOSIDADE SATISFEITA
Bastante familiarizado com a antiga 650 GS, importada, também tinha curiosidade para pilotar a G 650 GS “brasileira”. E, depois de rodar 12 dias com o modelo, relembrei o porquê do seu sucesso e também entendi porque a BMW decidiu reeditá-lo por aqui. Além da questão mercadológica, essa trail é muito fácil de pilotar. Se, por um lado, o motor não arranca suspiros, por outro, o conforto e a facilidade de pilotagem impressionam. E ainda tem um tanque com boa autonomia e consome pouco combustível, qualidades importantes para quem quer uma moto também para viajar.
Fica aí a dica para quem é fãn das marcas alemãs, ainda mais agora com valores que podem caber no bolso.